Carta do Especialista 03/06/2022

2022-06-03


Carta do Especialista 🧐

Sexta-feira, 03 de junho de 2022

Mineração de asteroides até parece coisa de filme, mas se tornará realidade em breve. E, além de minerais, você sabia que todos os tipos de RNA e DNA são encontrados neles? De volta a assuntos terrestres, mas ainda dentro de laboratórios: cientistas cultivaram células humanas em um esqueleto robô. E você, que é da geração passada, imaginou que no futuro teríamos jetpacks, carros voadores ou pods de teletransporte, como os futuristas dos anos 60 achavam?… Bem, sinto em lhes dizer que estas coisas ainda não existem, mas podemos contar com as mentes criativas de pessoas que encontraram um jeito de usar Inteligência Artificial para identificar cocô…rs

Tudo isso e muito mais, bora lá! ✨

☄️ Startup arrecada US$13 milhões em financiamento para minerar asteroide

Talvez você já tenha ouvido falar ou já assistiu o filme “Não olhe para cima” que lançou no ano passado… bem (alerta de spoiler), na trama um bilionário quer extrair minerais do asteroide que está próximo de colidir com a Terra. Mais uma vez, a vida imitando a arte. Uma startup recém fundada, em janeiro, levantou US$13 milhões em financiamento para explorar a mineração em asteroides.

A startup Y Combinator AstroForge fechou parceria com a SpaceX para “pegar carona” na primeira missão a bordo do Falcon 9. Esta missão inicial foi uma demonstração para a qual a empresa fez parceria com a OrbAstro no intuito de construir seu primeiro satélite.

A Startup está procurando explorar pequenos asteroides, que variam de 20m a 1,5km de diâmetro, eles são ricos em metais do grupo da platina, que incluem rutênio, ródio, paládio, ósmio, irídio e platina.

Segundo os dois cofundadores Gialich e Jose Acain, eles desenvolveram uma técnica inovadora para refinar materiais no espaço – no entanto, se mantiveram em silêncio sobre o que isso envolve e como resolveram os inúmeros desafios técnicos para os quais a mineração de asteroides enfrentará.

Mas eles compartilharam que a tecnologia requer um vácuo de alta classificação e estar em zero G para funcionar. Gialich também compartilhou que não envolverá o pouso em um asteroide, visto que os corpos celestes são tão pequenos que alguns não possuem campos gravitacionais.

Fonte: Tweaktown Techcrunch

🧬 Estudo afirma que todas os tipos de RNA e DNA são encontrados em meteoritos

Esta descoberta alimenta a hipótese de que a vida na Terra teve origem nas matérias existentes no espaço, em contrapartida, alguns cientistas observam a possibilidade de contaminação no meteorito pelo solo terrestre.

O estudo publicado dia 26 de abril na Nature Communications declarou que todas as cinco nucleobases (bases nitrogenadas) que compõem o DNA e o RNA já foram detectadas em amostras de meteoritos.

As técnicas usadas para desenvolver o estudo serviu para identificar mais do que somente adenina e guanina – que já haviam sido identificadas anteriormente nas mesmas amostras dos meteoritos – identificaram citosina, uracil e timina, colaborando com a ideia de que os precursores da vida poderiam ter vindo do espaço.

O trabalho “fornece suporte adicional para a teoria de que a entrega desses compostos à Terra por meteoritos pode ter desempenhado um papel no surgimento de funções genéticas no início da vida”, coautor do estudo Daniel Glavin, astrobiólogo da NASA, que forneceu um dos três meteoritos usados no estudo, diz Chemistry World.

Para comprovar a tese, os cientistas realizaram “experiências de laboratório simulando reações fotoquímicas no meio interestelar” para ver se as nucleobases poderiam se formar sob condições extraterrestres. Eles descobriram que poderiam produzir as nucleobases em concentrações semelhantes às encontradas nos meteoritos, diz ele, “fornecendo evidências adicionais de que as nucleobases podem ser formadas no espaço”.

Entretanto, o cosmoquimico da Boise State University, Michael Callahan , não está convencido sobre serem realmente extraterrestres. Segundo ele, os meteoritos podem ter sido contaminados ao atingir a Terra e outros ambientes que também contém bases nucleotídicas.

Saiba mais no The Scientist.

🦾 Células humanas cultivadas em esqueleto robô

O estudo científico de engenharia de tecidos promove o cultivo de células humanas para uso medicinal. Apenas células mais simples foram cultivadas em laboratório para serem usadas em tratamentos experimentais. Mas os pesquisadores expandiram o método de engenharia de tecidos ao cultivar em um esqueleto robótico capaz de praticar movimentos semelhantes ao dos humanos.

É comum em estudos de medicina regenerativa o cultivo ser em ambientes estáticos. No entanto, análises anteriores mostraram que as células podem ser cultivadas em estruturas móveis como dobradiças. Partindo desta informação, pesquisadores da Universidade de Oxford e da empresa de robótica Devanthro pensaram que, se você deseja cultivar matéria projetada para se mover e flexionar como tendões ou músculos, seria melhor recriar seu ambiente natural de crescimento com a maior precisão possível.

O sistema musculoesquelético simula as dobras das nossas articulações, pois é desta forma que o crescimento de células acontece em seres-humanos. O local escolhido para essa agricultura de tecidos foi a articulação do ombro do robô, que teve que ser atualizada para aproximar com mais precisão aos nossos próprios movimentos.

“Em seguida, eles criaram um biorreator que poderia ser encaixado no ombro do robô, consistindo em cordões de filamentos biodegradáveis esticados entre dois pontos de ancoragem, como uma mecha de cabelo, com toda a estrutura encerrada dentro de uma membrana externa semelhante a um balão. Os filamentos semelhantes a cabelos foram então semeados com células humanas e a câmara inundada com um líquido rico em nutrientes projetado para estimular o crescimento.”

O cultivo das células levou duas semanas e, durante o processo elas passavam por uma rotina diária de exercícios. Um biorreator foi encaixado todos os dias por 30 minutos para fazer o procedimento.

A equipe constatou que houve mudanças nas células em exercícios diferentes das células cultivadas em ambiente estático. Mas não foi possível identificar se esta diferença é benéfica.

O estudo demonstrou que é possível o crescimento de celular em esqueletos robóticos. Agora os pesquisadores estão avaliando se realmente é válido o esforço. Por enquanto, estão trabalhando para entender mais sobre o assunto.

Mas fizeram ressalvas otimistas quanto ao uso da técnica no futuro: “varreduras detalhadas de pacientes poderiam ser usadas para criar réplicas perfeitas de seus corpos, permitindo que tecidos como tendões fossem cultivados para cirurgias em simulacros humanos.”

Saiba mais no The Verge.

🐶 Dono de cachorro cria sistema baseado em IA para rastrear o cocô do pet

Se você tem cachorro sabe que apesar das inúmeras alegrias que vem em cuidar de um bichinho vem também a desvantagem de recolher as fezes. E para evitar o incômodo de ficar procurando pelos dejetos, um rapaz chamado Caleb Olson, criou um sistema inteligente que, além de rastrear onde o filhote faz cocô, usa um laser para guiá-los até a última pilha.

Olsen já havia criado um sistema que usava Inteligência artificial para detectar quando seu animal, o Corgi, fazia cocô em seu quintal. Usando um feed ao vivo de uma câmera de segurança, Olsen conseguiu capturar uma série de imagens de seu cachorro se aliviando e dessa forma foi possível treinar um modelo de IA chamado DeepLabCut, capaz de reconhecer poses específicas em animais.

Para demonstrar a identificação das fezes, o sistema destaca o local com um círculo vermelho que pode ser visto pelas imagens da câmera. A ideia de círculos vermelhos era boa, mas Olsen conseguiu melhorar expandindo mais o sistema com a adição de um laser verde conectado a um braço robótico.

Uma vez fora de casa, é preciso acionar o sistema e para isso ele cruza os braços em um X. O programa então calcula o cocô mais próximo e projeta um ponto verde no chão na frente de Olsen que os guia fisicamente até sua localização. O sistema identifica o movimento de agachar e coletar as fezes, então passa para outra pilha e assim por diante.

No final parece uma caça ao tesouro bem desagradável…rs

É interessante acompanhar o uso da tecnologia em conjunto com a criatividade de donos de pets. E para aqueles que não tem animais de estimação a tecnologia ainda assim pode ser útil, em parques públicos, por exemplo, o sistema pode ser usado para ajudar a alertar quem passa por ali.

Fonte: Gizmodo.

💩 IA agora é capaz de descrever precisamente seu cocô

Hoje é dia…Mais uma aplicação de IA em cocô…kkk

Um app baseado em Inteligência Artificial consegue categorizar as fezes com precisão melhor do que os humanos, segundo cientistas.

O aplicativo chamado Dieta Mobile, usa IA para descrever o coco melhor do que os próprios pacientes, de acordo com o novo ensaio clínico randomizado apresentado na conferência Digestive Disease Week em San Diego no fim de semana.

“As doenças do trato gastrointestinal são extremamente comuns. A Síndrome do Intestino Irritável (SII) afeta até 1 bilhão de pessoas em todo o mundo”, disse o investigador principal Dr. Mark Pimentel ao Motherboard. “Às vezes, os pacientes nem sabem que têm problemas até perceberem o que é normal e o que não é normal.”

Para identificar, os usuários do App, tiram uma foto das fezes que são enviadas diretamente no aplicativo. Em seguida, a IA categoriza os dejetos em uma das sete categorias de acordo com a Bristol Stool Scale, uma ferramenta de diagnóstico de fezes. Cocôs normais aparecem “como uma salsicha com rachaduras na superfície” ou “como uma salsicha ou cobra lisa e macia”, de acordo com a BSS.

Este sistema tem potencial para ajudar em processos de diagnósticos, que geralmente dependem do autorrelato, possivelmente impreciso do paciente. Para chegar a esta conclusão dois gastroenterologistas especialistas, fizeram comparações com pontuações, por um lado os autorrelatos das pessoas e do outro os pontos gerados pela IA. Os dados levantados mostraram que a IA chegou mais perto dos cálculos dos especialistas em comparação às explicações dos pacientes.

Uma versão do aplicativo está sendo desenvolvida para uso clínico. Utilizando o recurso de GPS para que os médicos possam rastrear a agressividade dos movimentos intestinais do paciente.

Saiba mais no Vice.

Por hoje é só!

@Renatograu | Linktree



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