Sexta-feira, 20 de maio de 2022
Pela primeira vez, plantas conseguiram sobreviver em solo lunar. Terapia psicodélica sem sair de casa… Mas se você vai sair, não precisa levar a carteira pra pagar suas compras, basta ter um chip de pagamento implantado. Conheça o projeto de IA que é capaz de entender conceitos em vídeos, textos e áudios. E finalmente veja como será o futuro da inovação sustentável através dos dados sintéticos.
Bora lá!
🌱 Pela primeira vez cientistas conseguiram cultivar plantas em solo lunar
Cientistas da Universidade da Flórida conseguiram pela primeira vez cultivar plantas em solo lunar. O sucesso deste projeto viabiliza que em futuras missões espaciais de longa duração, os astronautas tenham acesso a suas próprias fontes de alimentos.
O experimento foi possível graças às amostras de regolito lunar concedidas pela NASA, que coletou em diferentes locais da Lua durante três missões Apollo realizadas há 50 anos.
Diferente do solo terrestre, as amostras de regolito lunar são pobres em nutrientes, mesmo assim, os pesquisadores testaram com sementes da planta Arabidopsis, e aguardavam para ver se algo acontecia.
Felizmente, após dois dias começaram a surgir os primeiros brotos verdes. Mas após 6 dias, os cientistas identificaram que as plantas não eram tão saudáveis em comparação com o cultivo terrestre e de outro experimento feito anteriormente por um grupo de controle que testaram a plantação em cinzas vulcânicas em um simulador lunar.
Neste caso, as plantas no regolito cresciam mais lentamente, tinham raízes e algumas folhas atrofiadas e pigmentos avermelhados. Após 20 dias de cultivo, a equipe colheu as plantas para analisar o RNA (ácido ribonucleico).
Os resultados confirmaram o que os pesquisadores já haviam percebido. As plantas sofreram e responderam de maneira semelhante à forma como a Arabidopsis cresceu em outros ambientes hostis. Eles também constataram que em amostras diferentes havia um crescimento mais pobre do que as outras.
Agora a equipe planeja seguir com a pesquisa utilizando o mesmo regolito para cultivar mais sementes para descobrir se as plantas originais tiveram algum efeito sobre o material lunar.
Enquanto isso, os avanços do programa Artemis continuam e em breve a NASA pretende levar os humanos de volta à lua pela primeira vez após décadas e há rumores sobre a possibilidade de missões de longa duração a Marte.
Segundo o chefe da NASA, Bill Nelson: “Esta pesquisa é fundamental para os objetivos de exploração humana de longo prazo da NASA, pois precisaremos usar recursos encontrados na Lua e em Marte para desenvolver fontes de alimentos para futuros astronautas que vivem e operam no espaço profundo. E também é um exemplo chave de como a NASA está trabalhando para desbloquear inovações agrícolas que podem nos ajudar a entender como as plantas podem superar condições estressantes em áreas com escassez de alimentos aqui na Terra.”
Fonte: Digital Trends.
🛋️ Terapia Psicodélicas no conforto de casa
A Field Trip em parceria com a empresa de telessaúde Nue Life estão trabalhando para levar os tratamentos psicodélicos para dentro de casa. As duas empresas se uniram para aumentar o alcance de cuidados da saúde mental assistida por psicodélicos.
O trabalho de terapia com cetamina para pacientes com TEPT, depressão e outras condições de saúde mental é exercido pela rede de clínicas da Field Trip, e agora a terapia é oferecida via Nue Life, a empresa de bem-estar mental de telessaúde lançada em 2021.
Após a abertura do capital na Nasdaq, a Field Trip, abriu 11 clínicas na América do Norte, além de uma na Europa. De acordo com o fundador Ronan Levy, a parceria com a Nue Life permitirá a terapia remota assistida por cetamina em Nova York, Califórnia, Colorado, Flórida, Geórgia, Massachusetts, Tennessee, Texas e Estado de Washington – expandindo o acesso de pacientes que podem se beneficiar com a terapia.
“O desafio que temos na Field Trip, em ter um negócio físico, é não conseguirmos atender tanta gente que vem até nós ou ainda eles estarem longe de nossos endereços. E por último a questão dos altos custos”.
Segundo Levy, 1 consulta na clínica custa entre US$ 250 e US$ 750 por hora para trabalho de integração com um terapeuta. Ou seja, para um tratamento padrão de 4 a 6 sessões os pacientes gastam entre US $3000 a US $5000. Já com a versão virtual do Nue Life o custo é muito menor, por exemplo, o programa que inclui seis experiências com cetamina, terapia de integração em grupo e cuidados posteriores custa US$1300.
“Sentimos que devemos tentar reduzir o custo das terapias existentes em 60% a 70%, mantendo o padrão de atendimento, aproveitando a tecnologia”, diz Juan Pablo Cappello, cofundador e CEO da Nue Life.
A parceria das duas empresas melhora a flexibilidade de ambas, pois agora os pacientes podem ser encaminhados uma para outra. Além disso, o projeto tem potencial para servir de modelo para outros novos.
Muito interessante, não acha?
Saiba mais no Fast Company.
💳 Chips de pagamentos implantáveis
A tecnologia dos cartões bancários nos trouxe grandes benefícios, graças a eles não é mais necessário carregar grandes quantias em dinheiro, viabilizando mais facilidade no pagamento dentre outras vantagens. Mas e se você não precisasse mais de cartão nenhum e apenas com um toque em uma maquininha o pagamento fosse realizado?
Bem, esta é a proposta do implante de pagamento subdérmico da startup polonesa Walletmor, que desenvolveu um chip com cerca de 28 mm de comprimento, capaz de contém as informações da conta bancária do usuário. Atualmente pouco mais de 600 pessoas já fizeram o seu implante.
“Nós projetamos e criamos os primeiros implantes de pagamento do mundo que são aceitos globalmente”, disse Wojtek Paprota, fundador e executivo-chefe da Walletmor, ao Digital Trends. “É um implante de pagamento aberto que pode ser usado para comprar uma bebida em Nova York, um corte de cabelo em Paris ou um Pad Thai em Bangkok. É um aparelho incrível.”
Para utilizar o dispositivo, o cliente deve solicitar o implante no site, que atualmente custa 199 euros (mais ou menos US $213). Depois, ele deve criar um iCard correspondente ou, no Reino Unido, uma conta MuchBetter.com para criar uma carteira digital vinculada ao implante. Em seguida, é preciso conectar o implante a um código de ativação, adicionar o dinheiro na conta e, por fim, ir a uma clínica estética para realizar a instalação do chip sob a pele.
O dispositivo funciona usando a tecnologia de comunicação de campo próximo (NFC), o mesmo sistema de pagamento sem contato usado em smartphones como o Apple Pay.
A pergunta que fica é… será que este vai ser o formato de pagamento do futuro?
Por enquanto, não sabemos, pois o fato do dispositivo ser relativamente caro, pode criar obstáculos para a propagação da tecnologia. Além disso, o chip não oferece muitas opções fora das que já conhecemos dos cartões convencionais, que por sua vez, são disponibilizados de forma gratuita. Mas a ideia é realmente muito interessante.
E você?… Teria um implante de pagamento?
Saiba mais no Digital Trends.
🧠 IA é capaz de aprender conceitos compartilhados em vídeos, textos e áudios
Novo projeto do MIT, nos EUA, de inteligência artificial que é capaz de aprender sobre os comportamentos compartilhados em vídeos, textos e até áudios. Os pesquisadores desenvolveram um modelo de aprendizagem de máquina que consegue identificar ações em uma sequência de imagens e rotular sem o auxílio dos humanos.
De acordo com os cientistas, a rede neural artificial criada sabe que a imagem de um bebê chorando em um vídeo está ligada à palavra “chorando” e seus derivados em um arquivo de áudio, o mais incrível é que a identificação é bastante precisa e ocorre em tempo real.
Esta tecnologia pode ser usada futuramente para criação de robôs mais inteligentes, capazes de entender conceitos do mundo real por meio da percepção de múltiplos fatores, com uma espécie de aprendizagem por experiência, semelhante à dos humanos.
O sistema é limitado a usar apenas mil palavras para identificar as imagens corretamente, o que o torna mais preciso. Com isso, o algoritmo capta quais ações ou conceitos aparecem nos vídeos e escolhe as palavras que se encaixam melhor.
“Assim como uma pesquisa no Google — em que você digita um texto e a máquina tenta adivinhar as coisas mais relevantes que você está procurando — nós apenas transferimos isso para o espaço vetorial. Nosso modelo ainda tem algumas limitações, como identificar objetos simples e ações diretas, mas esse é um passo importante para aplicações no mundo real”, diz o estudante em P.h.D de ciências da computação, Alexander Liu.
Confira a matéria no Canal Tech.
🌐 O futuro promissor dos Dados Sintéticos
Os dados são sem dúvida os bens mais preciosos das empresas, e é exatamente por isso que demandam tanta atenção dos profissionais.
Grande parte do tempo de cientistas de dados ainda é manejado para tarefas como: coleta, limpeza e funções manuais, para que os dados finalmente sejam “digeridos” por sistemas de análise que fazem anotações e categorizações.
No entanto, apesar de ser um método previamente estabelecido, esta não é a forma mais sustentável, pois a ideia é focar o tempo das equipes no que realmente interessa, em outras palavras, extrair informações valiosas e acionáveis de dados.
Felizmente as análises avançadas de dados já deixaram de ser um empecilho para as organizações, mas o acesso a dados de qualidade é outra história. Sendo assim, uma mudança drástica dos padrões atuais de alimentação e treinamento de sistemas de inteligência artificial se torna necessária.
Os modelos matemáticos atuais para treinar IA ainda é válido na maioria dos casos de dados reais e eles são obtidos através de medidas diretas. Desenvolver modelos matemáticos de forma assertiva requer uma quantidade expressiva de dados. Sendo assim, o tempo e o custo necessários são os primeiros obstáculos a serem vencidos para chegar neste ponto com dados reais. Sem contar as implicações que impedem a obtenção de dados em grande escala que incluem desde desafios logísticos até leis de proteção de dados e questões éticas.
“Para atingir o potencial máximo da IA e tecnologias como visão computacional, é preciso atender à demanda por dados que estes sistemas geram, com a democratização do acesso a dados para o treinamento de plataformas, que esteja em conformidade com as regras de proteção de dados, além da possibilidade de fazer a categorização de dados de forma rápida e simples. Para resolver estes impasses, entram em cena os dados sintéticos.”
Os dados sintéticos são gerados artificialmente e podem ser utilizados no lugar de dados históricos reais, ou quando estes não têm a qualidade, variedade ou volume desejados. Eles podem ser uma alternativa para direcionar os desafios enfrentados pelas organizações orientadas por dados.
As estimativas para o futuro é que modelos matemáticos sejam trabalhados predominantemente com base em dados artificiais. O que irá reduzir significativamente a dependência de dados reais, como é atualmente.
Vale a pena conferir a matéria completa no MIT Technology Review.
Por hoje é só!
@Renatograu | Linktree